segunda-feira, 25 de abril de 2011

"No verão de 2012 nosso filme estará nos cinemas", acredita Pe Lu, do Restart

Grupo apresenta música nova, durante show no Credicard Hall, em São Paulo.

A nova geração é colorida, feliz e gosta de consumir. Este é o recado que quatro meninos da classe média paulistana têm passado no último ano e meio, tempo em que a turnê do Restart cruza o país. Pedro Lanza (o Pe Lanza, baixista e vocalista), Pedro Lucas (o Pe Lu, guitarrista), Koba (baixista) e Thomas (baterista), entretanto, iniciam uma nova fase nesta semana. O show domingo (17/4) no Credicard Hall apresenta um novo palco, roupas mais coloridas e uma nova canção – além das conhecidas “Recomeçar”, “Pra Você Lembrar” e “Happy Rock Sunday” .

Além disso, os músicos acabam de lançar uma série de produtos com a marca Restart, incluindo jogo de cama, bonecos, cadarços, mochilas e chiclete de bola – que podem ser adquiridos no site http://restartshop.com.br. Tanta correria tem o seu preço. Pe Lu diz ter envelhecido 30 anos em três, tempo de existência da banda. Para conseguir “laçar” o guitarrista do Restart para uma entrevista em meio a tantos compromissos, só mesmo trocando e-mails. Pe Lu, de 20 anos, falou sobre as críticas do cantor Lobão, a polêmica sobre a Amazônia, a nova fase, o filme que vem por aí e o assédio das fãs.

Nos últimos tempos, nenhuma banda brasileira levou mais pancadas do que o Restart, tanto da crítica como do público. Esperava que a fama trouxesse tanta dor de cabeça?
Como qualquer coisa nova, tem pessoas que gostam e outras que não. Há pouco tempo uma revista estampou na capa: "Restart: a bandas mais amada e odiada do Brasil”. E acho o sentido bacana, pois da mesma forma que muitas pessoas não gostam, temos muita gente que nos apoia e ajuda.

O cantor Lobão chegou a dizer que o Restart é uma “aberração da natureza”?
Vivemos em um país livre, cada um fala o que quer. Só acho que as críticas são bem-vindas quando carregadas de respeito e conhecimento do trabalho. Criticar por criticar não nos acrescenta nada, entra por um ouvido e sai pelo outro. Temos muito o que comemorar para ficar nos preocupando com ofensas ou coisas desse tipo.

E como fazem para lidar com tanta responsabilidade (viagens, turnê, entrevistas, críticas) ainda tão jovens?
Estamos vivendo nossos maiores sonhos e isso compensa qualquer situação ruim. Nesses três anos de banda, crescemos 30 anos como profissionais e como pessoas. Aprendemos muito. Há momentos que são difíceis? Claro. Mas como em qualquer profissão, quando se faz o que gosta, vale a pena.

Não temem virar aqueles meninos famosos na adolescência e que depois têm problemas com drogas, dinheiro e família?
Temos famílias bacanas, que nos apoiaram no começo e continuam ao nosso lado. Nada é para sempre e estamos “vivendo tudo o que há para viver” agora, aproveitando muito o momento, trabalhando muito, conhecendo pessoas e tocando, que é o que mais gostamos de fazer. Se tudo acabar amanhã, vou ter ótimas histórias para contar.

Como será a estrutura do show no domingo?
Estamos mesclando a realidade com imagens no telão e a iluminação. É bacana, pois com uma coisa simples conseguimos criar uma série de cenas bacanas. Usamos fogos de artifício também em alguns momentos.

Vão tocar músicas novas?
Vamos, além das canções do último CD, Restart By Day. Estamos em estúdio gravando uma nova música que iremos tocar pela primeira vez no domingo. Para você ter idéia, ela ainda não tem nome.


   Divulgação
E sobre os produtos que acabam de lançar. Todos passam pela aprovação de vocês? Qual é o seu preferido?
Começamos criando tudo e gostamos que todos os produtos passem por nossa aprovação. É difícil destacar algum, gosto muito dos relógios, dos bonecos e do jogo de cama. É meio surreal, na verdade.

O caso que aconteceu com vocês no Amazonas (o baterista Thomas falou em um vídeo não saber se existia civilização no Amazonas, fato que acabou custando o cancelamento de um show em Manaus) foi um alerta para que cada um dos integrantes tome mais cuidado com o que falar na internet?
Ficamos assustados com a repercussão que uma brincadeira tão antiga tomou. Assumimos nosso erro, pedimos desculpas, mas infelizmente as pessoas não quiseram nos ouvir por lá. Ficamos tristes e esperamos que algum dia possamos conhecer o Amazonas e mostrar para todo mundo o quanto respeitamos as pessoas e o lugar em si.

Em que pé está a produção do filme do Restart?
Recebemos o roteiro faz pouco tempo e acredito que vamos começar a gravar em agosto. Tudo dando certo, no verão de 2012 ele vai estar nos cinemas. Não posso contar muito ainda, mas assim que tiver mais detalhes vamos divulgar.

Alem do filme, dos produtos, dos shows, há mais novidades para este ano?
Vamos lançar em maio um DVD ao vivo e no final de abril um livro com a nossa história. Devemos lançar singles separados este ano, pois com o filme vamos gravar um CD com a trilha sonora e estamos focando nossas composições nisso agora.


   Reprodução

A cantora Manu Gavassi lançou uma música (“Você Deveria Saber”, crítica à postura de um ex-namorado) que supostamente seria sobre você. A relação com as fãs mudou depois dessa canção?
Não tenho nada pra esconder, conheci muito pouco a Manu e acho o trabalho dela sensacional, mas acho que esse lance da musica foi um boato. Li depois que ela mesmo disse que era mentira. A nossa relação com as fãs é incrível, elas nos dão muito carinho e tentamos sempre que possível retribuir isso. São as responsáveis por todo esse sonho.

 

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